QUARENTENA
Pensar em falar sobre a maternidade, nos faz indagar nos dias de hoje, “um lugar” mais próximo aos filhos. A pandemia do COVID 19, doença causada pelo novo corona vírus, trouxe a necessidade do isolamento e dos cuidados de saúde que são necessários para o bem estar de todos.
Muitas famílias permanecem em suas casas seguindo as orientações de Órgãos de Saúde e as devidas recomendações médicas e sanitárias.
Porém, de fato, muitas mães e famílias ainda estão as voltas com seus empregos, e rotinas de trabalho, inclusive aquelas que trabalham em áreas como saúde e educação.
Muitas envolvidas com seus afazeres domésticos, com suas atividades home office, com o retorno das atividades escolares, e com as preocupações inerentes a saúde e crescimento dos filhos.
Poder acompanhar os filhos de perto, se torna um desafio diário, muitas indagações sobre o futuro, sobre o retorno pós pandemia e sobre sua própria relação como mulher, filha, irmã e claro mãe!
UM ANO DIFERENTE PARA AS MAMÃES
Esse ano comemorou-se o dia das Mães, nesse mês de Maio, uma data que no Brasil sempre envolve um contato, um bilhete de lembrança, um presente de carinho ou um abraço: um encontro. Mas que precisou ser de uma forma diferente: nem todos puderam estar pertos e presentes!
Porém, poder questionar como cada uma vivencia a sua maternidade, se torna uma reflexão necessária.
O que é ser mãe?
O que para cada uma isso evidencia?
Que significado isso tem para cada uma?
DIZER
De fato, isso vem, de certo modo, a partir da própria história de vida de cada mulher, do seu contato com sua mãe, ou com seu responsável/cuidador(a), de suas experiências enquanto criança, de suas relações de afeto, de presença/ ausência e de desejo, que para cada uma, é peculiar e vem inclusive a partir de suas escolhas.
Tornar-se mãe é uma experiência individual, que para cada uma vai ter um significado diferente, desde a escolha do parceiro/parceira, da quantidade de filhos, ou da mudança que isso vai gerar e poder transformar sua vida.
Desejar também pela hora certa faz também parte disso, inclusive poder adiar uma gravidez, e escolher o momento para isso. Ou mesmo uma adoção!
Você já parou para pensar como se deu essa escolha para você?
ACOLHIMENTO
A Psicologia, uma área de conhecimento cientifico, busca através do campo acadêmico, de pesquisas, da prática da atuação escutar o que para cada uma é tornar se mãe.
Alguns autores e profissionais se dedicam a estudos empíricos mais específicos para compreender a relação mãe – filho, o lugar da mulher – mãe, as dificuldades do puerpério, da amamentação, e de tudo que envolve a gestação e desenvolvimento dos pequenos.
Também considerando o aspecto psicológico desde a decisão de ser ter um filho e as decorrências de uma gravidez e parto.
PSICANALISE
Sigmund Freud, médico, fundador da teoria Psicanalítica, em seus estudos, evidencia a importância de se ter um Outro que seja responsável pelos cuidados iniciais após o nascimento.
Entendemos que esse outro pode ser a mãe, como também qualquer pessoa da família. E de fato, percebemos que o contato com esse outro contribui portanto para a constituição da criança.
É como se além de dar a luz, precisássemos de alguém que nos dê a vida: estímulos, afetos, alimentação, cuidados de higiene, de saúde, de um nome e de uma história.
ATUALIDADES
Hoje, temos avanços na medicina, e tecnologias que permitem acompanhar melhor a gravidez, e a saúde da mulher. Que permitem escolher o melhor tratamento e acompanhamento para o momento do parto.
Temos opções diversas de profissionais, que podem acompanhar a mulher em seus momentos de alegria e também de angústias e dificuldades.
Psicólogos, hoje, se apresentam como aqueles, que podem acompanhar a mulher desde suas vivências sexuais, suas escolhas pelos filhos, e as sutilezas que podem envolver todo esse processo. Auxiliam também em seus cuidados com os bebês, com os problemas do desenvolvimento, e com as dificuldades apresentadas ao longo da vida.
PARCERIA
Ao receber o convite para escrever para o Blog, tive a motivação de poder escrever esse primeiro texto, e pensar que a oportunidade de estar com vocês para compartilhar aquilo que para mim faz parte do meu trabalho, se torna um meio de trocas e partilha de conhecimento e aprendizado, mesmo que cada um ainda esteja distante ou precisando estar dentro de sua própria casa.
Temos a possibilidade através da internet de acessar conteúdos que nos interessam, que ficam disponíveis em um toque de tela, como o celular, ou de outros equipamentos como tablets e computadores. Um eficaz e interessante acesso!
PARTILHA
Se você enfim, se encontrar por aqui….
Espero que a leitura desse texto, mesmo que de forma breve, possa acentuar a cada leitor(a) um olhar para si. Que possa provocar sentimentos e lembranças de sua infância. De seu contato com sua mãe ou cuidadora. Pois considero essa etapa um tempo de afetos.
Poder possibilitar um pouco de conforto diante das preocupações diversas que temos, e também da própria pandemia é também uma oferta desse espaço. Acredito que cada mãe esteja passando por uma situação inerente a gravidez, ao nascimento, aos cuidados com o bebe ou criança. E que a emoção possa ser algo presente nesse momento. Por isso, ter a esperança dos tempos de criança é algo que não devemos perder. Tempos de um futuro que ainda devemos vislumbrar.
UM ENCONTRO EM BREVE
Dias melhores virão, dias alegres, também difíceis, mas que podem ser compartilhados, com aqueles que nos querem bem. Que escolhemos confiar, dialogar e trocar relatos e experiências.
Desejo aquelas que são mães e um dia ainda desejam ser, os melhores dias. Que nesse ato de leitura, sintam se a vontade, para que possamos nos aproximar, discutir temas que lhe interessam e possíveis dúvidas.
Ao me despedir, me apresento, sou Luiz Henrique Miranda, Psicólogo clínico e pós graduado em Saúde Mental, disposto a compartilhar com todas desse blog uma interlocução de ideias e pensamentos. Palavras e contribuições a partir de minha formação acadêmica e experiência clínica. Minha contribuição, de fato, só se efetiva com a parceria e apoio de vocês.
Nos vemos em breve?
Luiz Henrique Miranda
Psicólogo Clínico – Pós Graduado em Saúde Mental
CRP 04/46378